Publicado por: opezzin | 06/06/2009

brave new world

piazza del popolo em roma

piazza del popolo em roma: tendo a visão que um dia algum imperador teve

Na minha página do Lattes, eu escrevi que sou uma estudante de comunicação, interessada nos estudos de design especialmente voltados para sustentabilidade. Essa afirmação pode parecer modinha… e é claro que é, quando nessa vida se falou tanto disso?! Mas o caso é que para mim ela é a pedra fundamental para direcionar meus estudos. Estou numa (instigante) encruzilhada: que rumo tomar agora que praticamente já acabei a faculdade de editoração?

Pensei nos seguintes caminhos:

1. Gestão de políticas públicas – é um curso da usp zona leste, muito interessante e novo. Estou muito afim de ter uma experiência no governo, ainda mais se for em comunicação & cultura.

2. Tecnologia – na area de novas mídias e educomunicação. Tem um (teoricamente) interessante curso de pós-graduação na ECA, que talvez eu faça. O que me impede é a repetição dos professores, e provavelmente das aulas. Aqui na europa, os cursos que acho mais interessantes são os que aliam design de interface com psicologia cognitiva para a educação. Mas como no Brasil, aqui na Itália as aulas tem nomes lindos e na prática são laboratórios de webdesign… Porém essa área me encanta, ainda mais com o enorme potencial do Brasil.

3. Marketing. Voltado para a area de serviço ou estratégias não-convencionais como marketing de guerrilha, muito apreciado nas estantes de marketing da Itália… é uma area muito heterogênea e que na minha opinião, reinventa a roda muitas vezes, criando novos nomes para velhas táticas (como geomarketing=outdoors!)…

Nessas três áreas, porém, meu “pano de fundo” continua a ser a sustentabilidade. Não que eu seja eco-chata, mas vendo o documentário “Home” e o curta “A história das coisas” no Youtube, eu tirei algumas idéias, que gostaria de dividir com vcs…

alguns apontamentos sobre sustentabilidade

>>>trabalhar o local.
os serviços em torno do local. é isso que o politecnico di milano faz, com a anna meroni e os outros. é o design da rede de serviços de uma microregião.

vale a pena checar o site do departamento de Design e Inovação para a Sustentabilidade da POLIMI pra saber do que eu estou falando…

mas as coisas só fazem sentido se postas em praticas. é preciso ter uma necessidade. e ela já existe: queremos criar um novo MODELO de economia, menos agressivo, mais humano e com mais informação “de bondade do produto”, ou seja, ele faz bem pra você, pra sua familia, pra sua vida e pra dos outros que entraram na cadeia dele… o produto tem uma informação acessória, tentacular: o chocolate não é um doce feito para vc “ser um campeão”. mas é um doce que pessoas fizeram com dedicacao e principalmente com dignidade. E  vc compra o trabalho deles, a experiencia deles, e tambem o chocolate, que com certeza vai te fazer bem, pq vem de um local que vc sabe que não teve crianças empregadas, nem homem ganhando mais que mulher, nem atravessador ganhando muito mais em cima do trabalho dos produtores. o chocolate vira uma experiencia, um ato também. Na europa isso é razoavelmente difundido. Se chama economia equosolidária. As pessoas compram marcas equosolidárias (que vendem mate dos sem-terra, por exemplo) ou criam redes para comprar direto do produtor, sem intermediarios.

>>> desmistificar a grandiosidade do mundo e do sistema-entidade capitalismo, e trabalhar na criatividade, através da junção de arte e tecnologia, cultura e inovação. Bem é nisso que eu vou trabalhar…

>>> mudar as prioridades e atitudes individuais: aumentar o relacionamento com a natureza, produzir menos lixo e principalmente menos desperdicio. o barato vai sair caro.

talvez tudo isso que eu tenha dito vocês já tenham ouvido muitas vezes, não estou falando nada de novo. Mas quanto mais claro isso estiver pra todos nós, melhor. o que vocês acham?

fica a dica: HOME e Historia das coisas, no Youtube…

alguns apontamentos sobre sustentabilidade>>>trabalhar o local.
o servicos em torno do local. é isso que a polimi faz, com a anna e

os outros. é o design da rede de serviços. mas as coisas só fazem

sentido se postas em praticas. é preciso ter uma necessidade. e

ela ja existe: queremos criar um novo MODELO de economia,

menos agressivo, mais humano e com mais informação de

bondade, informação acessória, tentacular. o chocolate não é um

doce feito para vc ser um campeao. mas um doce que alguem

especial, ou alguens relevantes fizeram. com dedicacao, com

dignidade principalmente. e vc compra o trabalho deles, a

experiencia deles, e tambem o chocolate, que com certeza vai te

fazer bem, pq vem de um local que vc conhece. o chocolate vira

uma experiencia, um ato também. criar redes para compras sem

intermediarios.

>>> desmistificar a grandiosidade do mundo e do sistema-entidade

capitalismo, e trabalhar na criatividade, através da junção de arte e

tecnologia, cultura e inovação.

>>> mudar as prioridades e atitudes individuais:aumentar o

relacionamento com a natureza, produzir menos lixo e

principalmente menos desperdicio. o barato vai sair caro.

Publicado por: Larissa | 04/04/2009

Como eu vim parar aqui

Parc Güell

Tá. Todo mundo sabe que foi de avião (dã). Mas não é isso que a gente quer saber!

Não tava bem lá em São Paulo trabalhando na Editora Abril, designer de revista?
Tava! Mas, como sempre, deu formiga no bumbum e quis ir (de novo) sassaricar por aí.

Desde que voltei da Itália (um ano de intercâmbio em Florença, 2004/2005) tinha ficado aquela vontadezinha de voltar a viver na Europa. Desde que me formei em Arquitetura (2007) soube que queria aprofundar o tema que já vinha estudando desde 2005, design de livros e ilustração infantil. Procurei, procurei, e encontrei em Barcelona um mestrado em ilustração para publicações infanto-juvenis.

Então aqui estou eu, tentando me encontrar, tentando descobrir qual será a próxima etapa, e rabiscando, cortando e colando muito papel enquanto isso. Alguns desses rabiscos podem ser conferidos aqui.

Publicado por: opezzin | 22/03/2009

coinquilina brasiliana

olivia na passegiata dell´amore: anita garibaldi

olivia na passegiata dell´amore: anita garibaldi

Sai da zona norte de São Paulo, atravessei o centro e cheguei no Butantã.  Depois de fazer técnico em Desenho de Comunicação, decidi ir pra essa área e fui parar na Escola de Comunicações e Artes da USP. No curso de Editoração fui vice-presidente da empresa júnior, editei e fiz design de revista literária, jornal, site. Fui pra editora Globo e depois pra Abril. Em 2009, no meu sexto ano de faculdade, resolvi ver o mundo e aqui estou eu, em Genova, norte da Itália, usufruindo do acordo de intercâmbio estudantil, chamado CINDA.  Moro com 5 italianas, e sou a única estrangeira da casa. Vejo como elas cozinham, o que pensam, o que vestem, o que falam. Saio por aí e entro em todas as portas, quero saber o que se passa e por onde tudo passou. Procuro o design, a fotografia e os museus. Aqui na Itália aprendo italiano, e também como comer, beber, cozinhar, discutir… mas aqui não vou aprender a amar. Essa lição eu já fiz em casa.

Publicado por: Larissa | 15/03/2009

Pode dar samba!

Meninas. Três. Brasileiras. Paulistanas. Designers. 20 e poucos. Muitas coincidências. Caídas de pára-quedas nesse mundo velho, velho mundo que é a Europa. Uma na Itália, uma na França e uma na Espanha. E o que a gente tá achando de tudo isso? O Trêslados nasce pra contar um pouquinho da anatomia comparada das nossas experiências em solo estrangeiro.

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